BOCHA PARALÍMPICA
Praticada por atletas com elevado grau de paralisia cerebral ou deficiências severas, a bocha paralímpica só apareceu no Brasil na década de 1970. A competição consiste em lançar as bolas coloridas o mais perto possível de uma branca (jack ou bolim). Os atletas ficam sentados em cadeiras de rodas e limitados a um espaço demarcado para fazer os arremessos. É permitido usar as mãos, os pés e instrumentos de auxílio, e contar com ajudantes (calheiros), no caso dos atletas com maior comprometimento dos membros.
A modalidade teve um antecessor nos Jogos Paralímpicos: o lawn bowls, uma espécie de bocha jogada na grama. E foi justamente no lawn bowls que o Brasil conquistou sua primeira medalha em Jogos: Róbson Sampaio de Almeida e Luiz Carlos “Curtinho” foram prata nos Jogos de Toronto, no Canadá, em 1976. Nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, o Brasil encerrou com duas medalhas: um ouro nos pares BC3, com Antonio Leme, Evelyn de Oliveira e Evani Soares, e uma prata nos pares BC4, com Eliseu dos Santos, Dirceu Pinto e Marcelo dos Santos.
HISTÓRICO DA BOCHA PARALÍMPICA CEPE/JOINVILLE
A modalidade da Bocha Paralímpica no município de Joinville, teve início no ano de 2007 com a técnica Francielli Rezende, atleta (BC3) Renato Dolçan e a staff Iracema Silva Dolçan, no final do mesmo ano surgiu uma atleta nova, (BC1) Deolinda Maria Lages Fernandes e sua técnica e staff Francielli Rezende.
Suas primeiras competições oficiais da modalidade ocorreram no ano de 2009 sendo o campeonato regional Sul e parajasc de Bocha Paralímpica. Tendo como destaque no ano de 2009 a campeã do parajasc Deolinda Maria Lages Fernandes trazendo o título de primeiro lugar na sua classe BC1. Desde então a modalidade foi se desenvolvendo e as competições, atletas, staffs, técnicos, árbitros, dirigentes foram aumentando gradativamente conforme os anos se passavam. Em 2011 a atleta Deolinda sofreu uma alteração de classificação funcional, sendo alterada para classe BC3 (que joga com dispositivo calha) nos anos de 2011, 2012 sua staff (calheira) se chamava Márcia Portela. Sendo que no ano de 2012 a técnica Francielli Rezende foi convocada para participar de uma competição em Portugal representando a Seleção Brasileira. Logo depois surgiu o atleta Diego Machado ocupando o 1° Lugar na classe BC1 no campeonato parajasc no ano de 2012. No ano de 2013 tivemos um marco na história da Bocha Paralímpica no município de Joinville, tendo representação da atleta Deolinda Maria Lages Fernandes e sua staff Judite Dalila do Nascimento representando a Seleção Brasileira na Copa América, BISFed of 2013 Boccia American Cup –Kansas, August 2-9, 2º lugar em Pares e 10º lugar Individual; 45ª colocação no Ranking Mundial de Boccia em 2013.
Competem na Bocha Paralímpica, paralisados cerebrais severos ou lesados medulares que utilizem cadeira de rodas. O objetivo do jogo é lançar bolas coloridas o mais perto possível de uma bola branca chamada de "Jack" (conhecida no Brasil como Bolim). É permitido o uso das mãos, dos pés ou de instrumentos de auxílio chamado rampa, usado pelos atletas com grande comprometimento nos membros superiores e inferiores. Há três maneiras de se praticar o esporte: individual, duplas ou equipes.
Antes de começar a partida, o árbitro tira na moeda (cara ou coroa) o direito de escolher se quer competir com as bolas de couro vermelhas ou azuis. O lado que escolhe as vermelhas inicia a disputa, jogando primeiro o "Jack" e uma bola vermelha. Depois é a vez da bola azul entrar em ação. A partir de então, os adversários se revezam a cada lance para ver quem consegue posicionar as bolas o mais perto possível do "Jack". As partidas ocorrem em quadras cobertas, planas e com demarcações no piso. A área do jogo mede 6m de largura por 12,5m de comprimento.
Para ganhar um ponto, o atleta tem de jogar a bola o mais próximo do "Jack". Caso este mesmo jogador tenha colocado outras esferas mais próximas do alvo, cada uma delas também vale um ponto. Se duas bolas de cores diferentes ficam à mesma distância da esfera branca, os dois lados recebem um ponto. Vence quem acumula a maior pontuação.
As partidas são divididas em "Ends", que só terminam após todas as bolas serem lançadas. Um limite de tempo é estabelecido por "End", de acordo com o tipo de disputa. A contagem começa quando o árbitro indica quem fará o lance até quando a bola parar. Nas competições individuais, são quatro "Ends" e os atletas jogam seis esferas em cada um deles. Nas duplas, os confrontos têm quatro partes e cada atleta tem direito a três bolas por período. Quando a disputa é por trios, seis "Ends" compõem as partidas. Neste caso, todos os jogadores têm direito a duas esferas por parte do jogo.
No Brasil, a bocha é administrada pela Associação Nacional de Desporto para Deficientes (ANDE).
RESULTADO DA BOCHA PARALÍMPICA
Classe Funcional / Individual / Ano
Atletas:
BC1: Deolinda Maria Lages Fernandes, 1° Lugar no Parajasc 2009.
BC3: Renato Dolcan, 3° lugar no Parajasc 2010.
BC3: Deolinda Maria Lages Fernandes, 2° Lugar no pares e 2° lugar individual na Copa América 2013 (representando a seleção brasileira).
BC2: Vinicius Fonseca, 3° lugar nas Paralímpiadas Escolares 2014.
BC3: Daniel Pereira, bi campeão das Paralímpiadas Escolares Brasileira 2014 e 2015.
BC1: Diego Machado, 1° lugar no campeonato Regional Sul 2019.
BC4: Rosangela Souza, 1° Lugar no Campeonato Brasileiro Pares 2018.
BC1: Diego Machado, 2° Lugar Campeonato Brasileiro Intermediário 2021.
BC3: Deolinda Maria Lages Fernandes, 3° Lugar Campeonato Brasileiro Intermediário 2021.
Resultados Gerais Equipe / Ano
Paralímpiadas Escolares 2° Lugar 2015.
Regional Sul 2° Lugar 2019.
Parajasc 3° Lugar 2019.
Atletas 2022:
1- Deolinda
2- Daniel
3- Luiz Felipe
4- Diego Machado
5- Fernando
Staffs 2022:
6- Judite
7- Úrsula
8- Emmanuel
9- Rosangela
10- Silvia
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
Os jogadores podem ser classificados em quatro classes:
BC1: Para arremessadores BC1 os atletas podem competir com o auxílio de ajudantes, que devem permanecer fora da área de jogo do atleta. O assistente pode apenas estabilizar ou ajustar a cadeira do jogador e entregar a bola a pedido.
BC2: Para todos os arremessadores BC2 os jogadores não podem receber assistência.
BC3: Para jogadores com deficiências muito severas. Os jogadores usam um dispositivo auxiliar chamado rampa e podem ser ajudados por uma pessoa, que deve permanecer na área de jogo do atleta, mas deve se manter de costas para os juízes e não pode olhar para o jogo.
BC4: Para jogadores com outras deficiências severas, mas que não podem receber auxilio.